quinta-feira, 2 de abril de 2009

O homem e o seu cavalo...

O cavalo galopava freneticamente pela floresta. Segundo a segundo a sua velocidade aumentava. Curtos clarões de negro espalhavam-se pela floresta. A única coisa que mantinha o homem ainda em cima do cavalo era o dever porque a força já à muito havia sido consumida. A armadura pesava-lhe, o suor cegava-o, o calor matava-o. Apenas o dever o mantinha vivo. O dever, o maldito dever. A vontade régia que o cingia a um contrato que não queria honrar. Mas o passado não lhe interessava agora.
O cavalo acelerava por entre os carvalhos sem que se lhe fosse dada nenhuma ordem. A mente do homem confundia-se com a mente do cavalo, uma só mente meio homem, meio animal que governava um ser de seis pernas e dois braços que se movia inconscientemente pelas sombras. No alto das árvores, as sombras também se moviam. Mais rápidos do que o olho humano pode processar, os vultos saltavam de árvore em árvore, de ramo em ramo de folha em folha. O peso não os atrapalhava, a matéria não os entravava.
O incauto cavaleiro seguia o seu caminho o mais rápido que podia. Inconsciente do perigo que corria. O cavalo galopava ofegante, consumindo a réstia de energia que tinha. A noite alastrava-se pelo céu como tinta num charco.



Três homens caminhavam lentamente pelo chão da floresta. Seguiam marcas de sangue à muito deixadas naqueles trilhos. Rapidamente chegaram ao seu destino. Dos ramos pendiam restos de homem, restos de animal, uma visão grotesca para o homem comum. O sangue fora-lhes extraído dos corpos como precioso néctar. Nos chão, a escrita dos vampiros avisava:
"Idiota é o homem maldito que julga fugir à maldição. Pois da maldição nem a morte os liberta."

Os três homens entreolharam-se. O primeiro tinha caído. Apenas três faltavam. Aproximaram-se do homem e rasgaram-lhe a armadura com as mãos. No seu pescoço seis pequenos buracos ainda pulsavam. Um pequeno pendente balouçava ao sabor do vento. Eis a primeira chave.
Os três homens esperaram a noite cair. Assim que o último pedaço de sol desapareceu por detrás do horizonte e a noite se apossou do mundo, os homens desfizeram-se na sombra e dirigiram-se ao próximo alvo.

3 comentários:

UmJosé disse...

Reli o que escrevi e não estou muito feliz... :/

Mas vou deixar estar aqui...

Salomé Gonçalves disse...

Ainda não li até ao fim... Mas como gosto deste nosso cantinho especial, ide ao meu blog senhores e senhoras das histórias! :D

Rita Graça disse...

Está fixe. Quem devia ler isto é a Carina. Anda toda doida por vampiros e tal...

Está a surgir uma nova geração de miúdas doidas por Moonlight.

Ainda me lembro do tempo em que gozavam comigo por eu ver Buffy.

Haviam de ir todos apanhar... coisas.


Voltando ao texto, gostei.